n.1 | ano 1 | jan 2022

MASSAGEM

Isadora Cecatto

A sala tem cheiro de óleo essencial, um cheiro genérico que eu não sei destrinchar. Melaleuca, lavanda, qualquer coisa assim. Tudo o que pode ser branco ou de madeira é branco ou de madeira. A terapeuta tem uma voz doce e uma pele amadeirada que faz com que ela pareça fundida ao ambiente, parte integrante de um tipo de atmosfera fora do cotidiano que costuma me agradar. Algo em mim recusa o convite tácito pra relaxar, no entanto. Enquanto olho pra ela, deitada de costas naquele negócio que é meio cama, meio maca, com três bolsas de água quente espalhadas pelo meu corpo por cima do cobertor macio, eu começo a me perguntar o que exatamente fui fazer ali. Ela, por sua vez, faz perguntas sobre a minha vida por detrás da máscara N95 com elásticos nas orelhas. Eu respondo através da minha, meio curiosa, meio impaciente, ainda acelerada da caminhada até a pequena casa. Enquanto posso, me atenho às respostas simples. Minhas questões do momento? Falta de energia criativa, falta de foco, dificuldade pra arranjar disciplina, a vida de autônoma é complicada. Onde isso reverbera no meu corpo?

Penso. Chega até a ponta da minha língua uma resposta pronta, meio mentira, meio baseada em sintomas prévios — a saída pela tangente de quem vai até a borda da piscina por desejo próprio, mas sente um medo irracional de pular. E adia. Penso no insight surgido na análise: esgotada a razão, abordar minhas questões pela via do corpo. Lembro, por fim, do preço do atendimento já pago. Meu lado sovina resolve o impasse. Pela primeira vez desde que cheguei, baixo um pouco a guarda — puxo o ar com força até que ele infle meus pulmões, do jeito correto como aprendi a respirar nas aulas de teatro, fazendo o diafragma se deslocar pra atingir seu tamanho máximo. Fecho os olhos ao mesmo tempo. Lembro do dia em que um preto velho me disse, no atendimento chamado SOS em um centro espiritualista em Botafogo, no Rio, “se veio até aqui, confia”, exatamente dez segundos depois de eu me dizer a mesma coisa dentro da minha cabeça, as palavras idênticas. Repito: se veio até aqui, confia, Beatriz. Confia. Nem que seja pra não rasgar o dinheiro que tu nem tinha pra gastar.

Solto o ar enquanto o diafragma se recolhe e observo. O que diz o meu corpo? Uma pressão crescente no cóccix salta à percepção. Ela irradia pelas nádegas, pela lombar, por toda a musculatura ao redor. Abro os olhos e informo à terapeuta, no tom frio de um relatório, os locais exatos e as sensações correspondentes. Sigo respirando fundo. A voz melódica me conta que é ali, exatamente naquela região, que o nosso corpo costuma registrar traumas e experiências desagradáveis que ainda não foi capaz de metabolizar por completo. Ela me pergunta se eu me recordo de algo que eu talvez não tenha absorvido bem, uma vivência qualquer que eu possa ter soterrado nos meus anos de vida até ali. Pergunta se entrar em contato com aquela região do meu corpo traz alguma memória ou sentimento que valha citar. Minha respiração profunda dá lugar a um suspiro curto e cansado.

Sinto raiva. Um pouco dela, um pouco de mim mesma por ter me colocado voluntariamente naquela situação. Não escolho fazê-lo, mas lacro os lábios numa tentativa fracassada de interromper o que eu sei que vem a partir daquele ponto. Solto uma risada deslocada pelo nariz, a cena toda se tornando tragicômica por um momento. Ela pergunta do que eu rio e diz que posso rir. Ou chorar. Ou fazer o que quiser. Faço os dois. De imediato, como uma boneca obediente e de repertório condicionado. Digo que é curioso que ela fale sobre essa região, e minha voz a essa altura é uma reprodução esquisita e distorcida da original, digo que é engraçado que me pergunte como me sinto e se me lembro de alguma coisa relevante, porque foi exatamente assim, numa superfície meio cama, meio maca, com um homem que se dizia terapeuta, massagista, pra ser mais exata, apesar de nada ayurvédico ou espiritualizado, que o ápice de uma das piores experiências da minha vida se sucedeu. Ela pergunta se eu quero falar sobre a tal experiência, ao que eu respondo que não, de um jeito tão imediato que me assusta. Ela pergunta o que eu sinto exatamente agora e em que parte do corpo, pede que eu diga, não julga, só diz, pode dizer sem te importar com o que sai, não classifica os pensamentos, verbaliza sem frear.

Toda a região da bunda e da lombar está em chamas e o sentimento é primitivo e simples de descrever: raiva. Muita raiva. Só que a raiva que era dela e de mim mesma começa, de súbito, a encontrar novos destinatários, endereços que o meu inconsciente escolhe sem que eu consiga controlar, sem que eu queira, talvez pela primeira vez na vida, fazer parar. Penso na minha mãe, enterrada nas próprias dores na cama, no apartamento dos meus treze anos, incapaz de enxergar ou prever. Penso na tarde em que topei deitar naquela outra cama fantasiada de maca. Penso no caminho da escola até aquele consultório, meus dentes metálicos, o sacolé de maçã verde sendo terminado às pressas na entrada do prédio, meus tênis enormes e bolhudos, uma imitação mais barata do Qix Mary Jane, penso na conversa inofensiva ao chegar, na secretária que eu nunca consegui sentenciar como desavisada ou cúmplice e cujo rosto apaguei pra sempre. Vejo a cara dele, essa inesquecível, sorrindo amarelo pra mim sob a luz branca do consultório e contando uma besteira qualquer sobre uma viagem recente, enquanto me pede, displicente, que tire a roupa toda, com ênfase no toda, mas uma ênfase de quem faz aquilo o tempo todo e não vê significado outro na nudez de uma mulher que não o de um corpo humano pronto pra receber o serviço adequado e profissional que ele tem a oferecer. Convincente. Lembro das palavras que saíam da minha boca pra falar com ele, pra chamá-lo o tempo todo, tio Jorge, e de como elas tinham na língua o gosto da palavra pai, porque era assim que eu o via na rotina familiar daquele apartamento compartilhado, o irmão da mamãe, tão bondoso por acolher a nós duas e ao meu pai de verdade, este sempre na estrada pra tentar algum dinheiro em um período financeiramente difícil pra nós. Lembro a sensação de tirar a calcinha com elástico da Capricho e deitar ali, o lençol fino chegando em seguida e cobrindo tudo como se ele quisesse me proteger, me deixar segura de que aquilo era absolutamente protocolar. Lembro do pensamento de que não se tira calcinha pra fazer massagem, uma informação inequívoca que riscou o meu cérebro de imediato já no momento do pedido. A dor no cóccix na maca de agora se torna alarmante ao ponto de me fazer gemer e tento distrair a memória cogitando ir ao hospital, mas não consigo, porque eu continuo lá, naquela tarde dos meus treze anos, e em um clarão, então, lembro daquilo que sempre fugi de lembrar, na análise e em qualquer tentativa de elaborar o passado, a memória mais dolorosa, insuportável e absurda, aquela que eu guardo na caixa mais soterrada do lugar mais inóspito dentro da minha cabeça, onde pensamento algum vai ser capaz de alcançar, a memória cuidadosamente retirada dos relatos daquela tarde nas poucas vezes em que a revisitei na segurança de um consultório ou nos raros registros por escrito pra mim mesma – eu me lembro da sensação de entender e deixar.

Meu corpo inteiro treme. O sentimento que eu já conheço bem percorre cada músculo, cada veia, cada osso e cada nervo, a adulta que eu sou sem conseguir olhar pra criança que eu era, sem conseguir chamar de criança, sem conseguir validar palavras e conceitos hoje tão claros, palavras feitas pra oficializar, pra confirmar e tirar de mim a sensação de pesadelo, de cumplicidade e do abraço dela, a companheira simbiótica de toda uma vida: a culpa que é tudo o que eu sou. Aliciamento de menor. Aliciamento de menor. Aliciamento de menor. Prescreve em doze anos, a contar da maioridade da vítima. Projeto de Lei tenta reverter pra imprescritível desde 2020. Minhas pesquisas periódicas há mais de dez anos. Seja qual for a lei: crime.

A terapeuta sequer encostou em mim até então e eu abro os olhos, ela sentada na mesma cadeira, os olhos castanhos tão empáticos que me chegam obscenos, minhas sensações físicas alcançando níveis tão ilógicos que eu penso estar vivendo alguma espécie de transe, de experiência pré-desencarne, de qualquer coisa inexplicável mesmo pra mais avançada das medicinas, oriente ou ocidente, pouco importa. Meu corpo ferve e eu sinto frio e calor ao mesmo tempo, percebo as três bolsas de água quente ainda espalhadas em cima de mim, o cobertor macio, o cheiro de óleo essencial, tudo o que deveria ser confortável apenas sublinhando o tamanho do desconforto e da dor. Comunico, agora aos prantos, peço que ela faça parar, que acione a egrégora e as energias e falanges amigas e o healing e o reiki e o que quer que tenha como ferramenta disponível pra fazer cessar o que agora é fogo vivo nos meus rins, a voz dela calma, a minha irreconhecível, a raiva crescendo junto com a percepção de que a razão não abarca, não resolve, não dissolve nada, a frustração de sete anos de terapia semanal desembocando ali, no absurdo que é o corpo ainda padecer de todo o trauma e toda a dor mesmo diante da elaboração mais profunda que eu consegui alcançar, pensar sobre sentir é diferente de sentir, a frase da Roberta, rim é medo, terror e choque, medicina chinesa, antiga medicina grega, a coisa toda do corpo dizer o que a mente nem sabe, tudo o que eu descobri e estudei e de que me serve analisar, revisitar, meditar, de que me serve dedicar a porra da minha vida inteira a um mergulho vertical que todos chamam de corajoso se eu nado léguas e mais léguas submarinas e descubro, num dia qualquer, que mal ultrapassei a superfície e que tudo é podre lá embaixo?

Ela pede que eu me vire, me acalma com a voz de anjo, a raiva aumenta e eu enxergo, outra vez, a minha mãe, vejo desenho animado no quarto, deitada ao lado dela, onze horas, ela dormindo, a luz apagada, uma da tarde, ela dormindo, levanto pra ir à escola, papai viajando, caminho as quadras todas, ela dormindo, tenho em mim todos os hormônios todas as dores todas as decepções todas as inseguranças todos os medos todas as perguntas toda fragilidade e toda incompreensão, ela dormindo, ela chorando, ela cheirando, ela sofrendo com coisas que eu não entendo e quero tirar com a mão sem conseguir, eu invisível, ela dopada, capotada, drogada, quantas vezes foram? Quantas noites, quantas manhãs? Penso em Gabriel, então, os olhos enormes de cílios enormes invadem a memória de repente, meu peito se enche de saudade, a segurança, a margem, a certeza, o colo, o olhar atento, a presença absoluta que eu escolhi abandonar, por quê? Tão insano. Por quê? Porque tu queria te apaixonar por alguém que fosse um homem e não uma mãe, lembra? E então a raiva outra vez, como seria se não houvesse o buraco, como seria se não houvesse a falta, eu teria te amado, Gabriel, como se ama a um homem? Eu teria permitido o toque, o prazer, a troca, a conexão, eu teria ocupado o lugar de mulher ao teu lado na cama do jeito que parecia impossível no fim? O maior amor do mundo teria espaço pra existir sem tantos nós, sem tanta carga, sem que eu precisasse te colocar no papel de tudo o que faltou na minha vida? Estou de costas e ela toca o fogo que é o meu corpo com óleo quente, não faz diferença, a pele em chamas desde muito antes, desde anos antes, o incêndio de vidas atrás, minha mãe, minha avó, a mãe dela, talvez, mas por que eu? Por que eu é que tive que sair da anestesia pra contar ao mundo o que fizeram de nós? Porque eu sou forte, repito, porque eu calquei à mão a estrutura impossível que elas não conseguiram, porque eu quero mais da vida, grito pra mim mesma e já não sei se é só na minha cabeça ou se ensurdeço a essa altura a terapeuta e o bairro inteiro, de costas com a cara no buraco da cama-maca eu não sei mais o que é baba, o que é suor e o que é lágrima, escorro inteira pela cara pelos olhos pelos poros todos e no delírio que é a verdade do meu corpo Gabriel aparece, adentra a sala pela porta de madeira, o abraço pronto, as mãos grandes e macias que diante do meu corpo imune ao toque tocavam pra mim o violão, os olhos de homem bom que se fechavam e dormiam cedo pra ele não ter que lidar com a rejeição outra vez, entra pra checar se estou bem, pra dizer que pensou por um minuto e não há tanto sono assim, não há sono suficiente que faça valer perder a noite comigo, com ou sem sexo, não há cansaço suficiente, não há dor suficiente, não há droga suficiente, não há rivotril, diazepam, trazodona, cocaína, alprazolam, não há nada, filha, não há absolutamente nada que faça valer voltar praquela cama e perder o momento em que posso olhar pra ti aqui, fazer eu mesma o mamá, te ver crescer e sonhar, minha filha, a mamãe não vai mais hibernar, não é contigo, pequena, não é tua a culpa, larga ela no chão, deixa aqui que eu vou limpar, tu devia saber, não tem nada de teu nesse quarto escuro e cheio de angústia, mas como saber? Como saber, minha menina? Tão pequena, tão pequena e invisível e então alguém te vê, tão pequena, e chamam tua dor de arte, tão pequena e chamam teu grito de música, tão, tão pequena e alguém pega o cisco de alegria, o balde de dor e um punhado de dinheiro e te diz que há um caminho, que há o teatro, a música, os cadernos pra ordenar tuas palavras tristes, há um lugar onde tu pode finalmente pertencer e ser vista, enxergada, celebrada em tudo o que tu é e que ela não vê senão pra desdenhar, mas como ela não haveria,  como não haveria de desdenhar? Como ela suportaria te ver inteira se os cacos dela ninguém nunca sequer enxergou pra juntar? Que triste a mão na coxa nas caronas no carro dele, que triste o pau duro no abraço de boa noite, que triste a massagem te ensinando sobre prazer e misturando com culpa, a mão adulta inaugurando o toque dentro, a mesma mão que arrancava e pagava e resolvia tudo de difícil com que ela, mulher anestesiada, menina esquecida, não podia, que triste que pra ti, pequena, ser vista tenha passado a ser tão perigoso e feio, tão sujo e errado, que triste que ser invisível tenha se tornado a melhor das ideias, que triste, minha menina, que pertencer e sentir prazer tenha que ter sido o mesmo que pecar.

A raiva cresce, a minha e a dela, a adulta e a criança que dividem o mesmo corpo em chamas e estão outra vez lá, deitadas na cama-maca, dessa vez juntas, os óculos pretos que emitem luzinhas artificiais não mais suficientes pra confundir e aquietar, ele não contava com um retorno, ele não contava com a mulher dentro do corpo da menina, com a viagem do futuro ao passado pra vingar, ele não contava com o que a gente faria da violação, da perversão travestida de carinho, ele não contava com a possibilidade da elaboração e da clareza, da margem e da certeza que a gente arranjou juntas pra validar que sim, ele cometeu um crime, sim, ele tem que pagar, mas a adulta sabe e levanta, a adulta sabe e não finge dormir e tira os óculos ridículos e grita com a voz de um demônio em chamas que ele se afaste, que tire as mãos doentes da gente, fecha os olhos, pequena, que agora é comigo, fecha os olhos enquanto eu faço o que tu não podia mesmo fazer, eu sei do prazer, eu sei da confusão que te deixou pra sempre presa entre receber e bloquear, eu sei e te prometo que o prazer volta e volta sem essa camada absurda de segredo e culpa, sem “não conta pros teus pais” no fim, sem pressão, sem chantagem, sem livro de chakras pra justificar que te enfiem a mão, sem dinheiro pra comprar teu silêncio, sem dependência ou medo, ele volta, pequena, o prazer volta, ele é teu e não precisa mais ter nascido aqui, a gente muda a história e muda a realidade e muda quantas dimensões forem necessárias pra que aquilo que tu carrega entre as pernas nunca tenha deixado de ser teu, fecha os olhos. Sou gigante e grito, sou eu e sou ela, ele se afasta e tira o disfarce de homem de bem, ele se afasta e confirma quem é, mostra os dentes, mostra as garras, tira do tesão a capa falsa de cuidado, não sou louca, enfim, não inventei nada, autorizo minha raiva e ele tenta resistir, tenta assustar, mas tenho fogo no meu ventre e tomo o fogo nas minhas mãos, uma bola enorme e eu deixo cair, solto no chão junto com a culpa e o carinho e a confiança de menina sem anticorpos pra maldade e observo as labaredas alcançarem o corpo tosco dele antes de caminhar porta a fora, a cara disforme da secretária sem entender, o consultório em chamas, eu uma mistura de anjo e fênix e deusa e fada e criança e mulher e a cauda longa do lençol que me envolve flameja às minhas costas enquanto eu ando, faço ruírem teto e paredes a cada passo pelo saguão do prédio comercial onde crime nunca mais, crianças tocadas por homens vis nunca mais, na impossibilidade de apagar o passado incineramos o pior dos futuros, pequena, eu e tu, pra quem sabe agora poder usar a palavra cura sem que ela pareça sempre uma piada cruel no fim.

Silêncio. A tremedeira quase convulsiva dá lugar à entrega. Meus músculos parecem ter derretido e eu cogito, de repente, que abrir os olhos vai trazer a descoberta de que morri. Não me apresso. Sinto na boca uma coisa pastosa e de gosto amargo, percebo aos poucos o cheiro de baba e suor misturado ao dos óleos, e sinto, então, com a noção pueril de que presencio um milagre, meu coração bater no cóccix já sem dor, o que me comunica que estou viva. A terapeuta finalizou a massagem e só então eu registro, de súbito, como se tivesse experimentado duas realidades simultâneas e só agora abarcasse a outra, que ela manteve as mãos nos meus braços, nas minhas pernas e nos rins em chamas, o cuidado, a pressão sob medida e talvez uma voz que acalmava como a de uma mãe, o barulho do útero sendo imitado em um chiado macio, o barulho de quem enxerga a dor e faz algo a respeito, o barulho e o toque do amor. Abro os olhos e ainda choro, entendo agora que nunca parei. Ela me observa com sobriedade e ternura, o olhar empático dessa vez adequado, e eu registro pra sempre a tarde de outubro em que ser invisível ou cúmplice deixou de ser a única escolha possível.

Isadora Cecatto

Sou uma atriz e escritora gaúcha apaixonada por traduzir sutilezas em arte. Sou formada pela Casa das Artes de Laranjeiras e passei os últimos dez anos entre Rio e São Paulo, atuando no palco, no cinema e em novelas. Pottermaníaca incurável, fui colunista e editora chefe da área de colunas do Potterish.com, ainda na adolescência. Por muitos anos, escrevi profissionalmente só em prol da minha atriz: pra interpretar bons papéis eu assinei o roteiro da série “3×4”, ainda inédita, do curta-metragem “Plural”, que roda festivais de cinema pelo mundo, e a dramaturgia do espetáculo “Eu (Quase) Morri Afogada Várias Vezes”, destaque na capa do caderno de cultura do Jornal O Globo, em 2017. Depois de uma vida inteira escrevendo em blogs sem jamais parar e devorando livros de ficção, assumi o meu desejo mais antigo: escrever o meu próprio. Hoje, resido em Florianópolis e preparo meu primeiro romance. Por acreditar na inteligência emocional e na escrita como ferramentas de cura e transformação, também ofereço oficinas pontuais de escrita terapêutica.

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